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O melhor da infância por Marcus Henrique Linhares Ponte Filho
Dentre as recordações que possuo de minha infância, lembro perfeitamente, com detalhes, de minha forte ligação com a TV. Manhãs e tardes inteiras dedicadas ao contato com meus heróis maiores, senhores da minha vida naquele instante. He-Man...Thundercats...Jiraiya...e lógico....Jaspion, o maior de todos para mim, naqueles tempos. Heróis que ultrapassavam os limites do comum, da realidade limitada. Que podiam “fazer a justiça” ocorrer de uma forma linda, cheia de ideais que hoje, são esquecidos ou não se vêem facilmente na programação da TV... Lembro perfeitamente das brincadeiras solitárias, baseadas nas aventuras frenéticas dos esquadrões e guerreiros que recheavam e ainda preenchem a televisão atualmente. Programas e formatos de programas que não mais existem, e que por isso, atualmente, tem ainda mais charme para mim. Programas, heróis e um universo que tiveram tanto impacto em minha infância, que conduziram os rumos do meu destino profissional, me fazendo respirar os ares de Japão em Fortaleza há mais de 5 anos, como Coordenador de Exibição de Seriados do SANA – Super Amostra Nacional de Animes (desenhos animados japoneses). Quem é Marcus Henrique? Alguém que respira o passado. Não apenas em relação a heróis, ou desenhos animados, mas a tudo que circunda o universo televisivo, musical, artístico de décadas que não voltam mais. Alguém que sente prazer em ter “ relíquias” da TV ou da música (rsrsr...) e que por isso, é classificado por seus companheiros de trabalho (seja na TV União, no SANA, ou em qualquer curso de idiomas que estiver trabalhando...sim ainda arranjo tempo para lecionar!) como...o “Homem do Passado”... Alguém que pode se dizer...foi de certa forma, de contramão ao caráter tradicional de infância, baseado em viagens ou brincadeiras em grupo. A TV tem um impacto forte na infância de todos; mas teve impacto decisivo na minha vida. As brincadeiras continuam; os heróis prosseguem em minha vida, porém de uma forma “maior”, mais “ampla”. Hoje, posso afirmar que já não assisto Jaspion solitariamente...como há 20 anos....mas ainda o enxergo com o mesmo brilho daqueles tempos que não voltam mais...e tenho certeza que esse brilho não irá se apagar....
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